São
Paulo Bali
Nunca havia
cruzado o Oceano Atlantico ate aquela data, quando entrei num voo da Singapura
Airlines saindo de Sao Paulo com escalas em Barcelona, Singapura e pousando em
Bali, na Indonesia.
Meu coracao
me dizia que aquele seria um voo de mudancas, que o que eu encontraria no Oriente
nao parecia com nada que eu ja tivesse visto e vivdo antes, e curti toda
viagem.
Tudo era
novidade quando o aviao pousou em Bali as nove e trinta da noite do dia 31 de
Marco, e que logo pude perceber a grandiosidade daquele pais, cheio de arte e
de encanto, mas com muito receio de ser enganado por qualquer um que se
aproximasse, pois o ingles que eles falam eu nao compreendia, mas logo fui me
adaptando aquele sotaque indoneso.
Tenho que
admitir que me apaixonei logo, por tudo e principalmente por suas pracas e
monumentos, cheios de historia e de beleza, num mundo onde cada detalhe faz
toda diferenca.
Peguei um
taxi para um hotel chamado Simpang Inn na praia de Kuta, onde eu esperaria a
Irone que desembarcaria na manha seguinte vindo de Dili, no Timor Leste, onde
ela faz seu trabalho de lingua
portuguesa e onde tambem eu iria passar uns dias logo que nossas ferias
de dez dias terminassem.
A primeira
noite foi de adaptacao, visto que a troca de fusos horarios mexe com todo nosso
sistema biologico, dando uma sensação de ter entrado no tunel do tempo, e com a
nítida impressão te que se perdeu alguma coisa no caminho.
Sono dos
deuses, por conta do cansaco e logo cedo eu estava de pe, perambulando pela
cidade, conhecendo gente, trocando ideias com moradores e turistas, na
tentativa de familiaridade com aquela nova realidade em que eu me via, posto
que Bali recebe muitos visitantes em todos os periodos do ano.
Fui para o
aeroporto receber minha esposa que tinha voo previsto para as tres e trinta da
tarde, era primeiro de Abril e nao era mentira, ela chegando numa aeronave da
companhia Meparti, e pousando na Indonesia no horario certo, cheia de alegria
por me ver e eu receptivo por ve-la e saber que estava tudo bem, depois de dois
meses morando no Timor, com muitas saudades. Mudamos de hotel na manha
seguinte, indo ficar mais proximo do mar de Kuta, num hotel que parecia mais
tranquilo e mais familiar, com pessoas sorridentes e muito atenciosas, nosso
lar nos dias vindouros, com piscina, internet wi – fi, quarto confortavel e com
certeza mais seguro do que o anterior.
Pagamos
todos os dias antecipado, coisa que ja haviamos feito no Caribe, quando da
nossa visita a ilha de Margarida, para ter a tranquilidade de poder usar nosso
dinheiro em compras e passeios sem preocupacao, e fomos ver o mar.
Ja na praia
fomos identificados como brasilerios por um rapaz simpatico que, falando um
portugues um tanto complicado apresentou-se pra gente, dizendo a palavra chave
da compreensao, Ronaldinho, Ronaldo, com sotaque carregado, e ali comecava
nossa amizade com Sigit, um estudante de medicina que havia deixado o
consultorio em troca de aulas de surf no mar de Bali, uma sabia escolha para
quem vive naquele paraiso na terra.
É esse
amigo que mostra toda riqueza e beleza da ilha pra gente, nos levando em
museus, praias, restaurantes locais, lojas de habitantes e a custo quase zero,
tendo em vista que ele nao queria aceitar quase nunca nossa oferta de pagamento
para as nossas visitas aos templos e tudo mais que eu ja citei.
Palavras
dele, quem vem a Bali tem que fazer aulas de surf e receber massagem indonesa,
ou do contrario nao veio a Bali, como aquele nosso ditado de ir a Roma e nao
ver o Papa.
Hora
marcada e fomos para o mar para nossa aula com prancha grande, que, de acordo
com ele é mais lenta e portanto menos perigosa para alunos iniciantes.
Ficar em pé
é uma certeza dada pelo instrutor Sigit, que nos apresentou seu amigo e tambem
instrutor como ele, Yupi, que acompanhou Irone, ficando comigo para nossa
primeira aula de surf.
Ainda fora
da água, algumas noções de como se levantar, como remar, a melhor maneira de
produzir uma foto pra Facebook, essas coisas que gostamos de mostrar para os
amigos e familiares que ficaram tão distante, e la vamos-nos mar a dentro,
cheios de coragem e disposição, fazer uma hora de aula na manha do dia 04 de
Abril, voltando para a segunda hora de aula na parte da tarde.
Dali saimos
direto para uma casa de massagem em frente a praia, onde pudemos confirmar a sua
excelencia, ficamos novos de novo e prontos para mais um dia de passeios e
visitas.
Os dias
passaram rápido e logo os dez dias de férias se foram e o destino agora era
Dili, a capital Timorense, e esse é outro capítulo.