quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Estádio que não abre as portas


                                                     O estádio que não abre as portas

Fui morar do lado do estádio municipal de Díli, no bairro Economico e pensei, como gosto muito de futebol vai ser bom viver perto do campo nesses seis meses de Timor Leste, pelo menos para passar tempo vendo uma partida de vez em quando, e conhecendo os times do país, saber um pouco desse esporte mundial desse lado do mundo, de onde não conheço absolutamente nada das equipes timorenses e aonde possa ver como se comportam os nativos dentro de uma arena.

De emidiato fui na portaria do estádio para informar-me de quando teria uma peleja, pois um out-door na cidade avisava de um jogo amistoso entre as equipes de timor e japão no sub-vinte para o próximo mes de Julho mas esse mes é um tanto complicado, posto que é mes de eleição parlamentar, mas tudo bem, guardei a data e fiquei esperando o tal confronto.

Chegado o grande dia fui cedo para saber de ingresso, horário, portão de entrada, essas coisas básicas que um torcedor e frequentador de carteirinha se preocupa e para minha surpresa o jogo havia sido suspenso pela tensão política do pleito, e tenho que admitir que estava mesmo muito tenso esse período, e voltei para casa com a informação de que teria uma outra data para a realização do encontro.

Passado mais um mes e mais outro e nada de jogo, nada de portões abertos, nada de futebol.

Percebí que o Estádio Municipal de Díli não abre as portas para o esporte, não reuni torcedores e nem sequer pequenos torneios com clubes locais.

                                                                                                                     George Farias

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