O estádio que não abre as portas
Fui morar
do lado do estádio municipal de Díli, no bairro Economico e pensei, como gosto
muito de futebol vai ser bom viver perto do campo nesses seis meses de Timor Leste,
pelo menos para passar tempo vendo uma partida de vez em quando, e conhecendo
os times do país, saber um pouco desse esporte mundial desse lado do mundo, de
onde não conheço absolutamente nada das equipes timorenses e aonde possa ver
como se comportam os nativos dentro de uma arena.
De emidiato
fui na portaria do estádio para informar-me de quando teria uma peleja, pois um
out-door na cidade avisava de um jogo amistoso entre as equipes de timor e
japão no sub-vinte para o próximo mes de Julho mas esse mes é um tanto
complicado, posto que é mes de eleição parlamentar, mas tudo bem, guardei a
data e fiquei esperando o tal confronto.
Chegado o
grande dia fui cedo para saber de ingresso, horário, portão de entrada, essas
coisas básicas que um torcedor e frequentador de carteirinha se preocupa e para
minha surpresa o jogo havia sido suspenso pela tensão política do pleito, e
tenho que admitir que estava mesmo muito tenso esse período, e voltei para casa
com a informação de que teria uma outra data para a realização do encontro.
Passado
mais um mes e mais outro e nada de jogo, nada de portões abertos, nada de
futebol.
Percebí que
o Estádio Municipal de Díli não abre as portas para o esporte, não reuni
torcedores e nem sequer pequenos torneios com clubes locais.
George Farias
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