Nesses anos que me vês com olhar manso
São tempos de dançar ao canto do vento
Cantar aos pés do momento
No solfejo que encanta o remanso
No tempo de ter voz cantando à musa
Você comigo no lençol que nos esquenta
Semente de amor que brota aos tantos
Mesmo sem sol, sem chuva ou sem mar
No vendaval que dobra o horizonte
Canto de sereia me contenta
Agradeço os dias, madrugadas e outros tempos
Ano à ano, dia à dia, noite à dentro
Vejo luz e outros brilhos em que me crês
Toda verdade que caminha ao nosso lado
Aprendo a ver, ensino o ser que me constrói
Nesse meu canto que entoa o sentimento