quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

encanta

não é o tempo
nem as horas
a história que se quer
é o poema que se canta
que encanta uma mulher

jogo de salgar

era o quebra-mar que segurava tua mão
quando a onda se jogava na arrebentação
meu jogo de salgar o beijo
desejo de beijar o sal e te molhar
na espera do tempo que enche a maré
no festejo que o vento embala o navegar
a certeza do amor que se quer
o momento que se pensa encontrar
o laço dos dedos que nos une

bilhetes e balões

pensei em te mandar bilhetes
cartas e-mails balões
voar pelo céu infindo
e beijar os olhos chuvosos 
com os mesmos corações

paz profunda

deixe que sua voz se rompa de vez
mesmo sendo o grito esmagado que a garganta teima
mesmo ouvindo o grito que lhe faz centelha
prime pelo primor sem que exista talvez
seja canto quando for fortuna
acalanto da paz mais profunda

acredita no teu amor

meus lábios tremem tua falta
teu olhar que me fita
só o segredo que lava a alma
do amor que acredita

novelo

do novelo que se espalha no chão
sou o fio
que se enrosca sem desvio
emaranhando-se na areia
deixo que seja ceia
essa vontade de avançar mar a dentro
e mergulhar nas moreias
do sentimento