quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O voo da águia

 Da montanha, o pássaro se solta e segue a mirar o tempo

Olha o mar, o chão, o movimento.

Deixa se levar pelo vento e segue em seu voo horas à fio

Ruflar de asas são momentos de liberdade

São seus olhos que fitam o rio

Presas, são livres à correr para se esconderem das garras

Sabem do medo, da dor, do ataque brusco

Deixam-se mover entre as fendas

Não suportam amarras.


Vista -se agora para proteger seu sangue

Camuflagem entre folhas e galhos

Respirar de cada gota de orvalho

Que molha o tempo, o voo estanque


O sol se vai e leva o vento, as asas. o medo.

Sobra vida nas encostas da montanha

Suspiro.