A buzina
George Farias
Chegando em
Díli, capital do Timor Leste o som que mais chama a atenção são buzinas de
todos ruídos e durações possíveis. Não se sabe nunca para quem ou para que se
buzina tanto nessa cidade, onde o transito é em maioria lento e sem grandes
conflitos. Fiquei pensando comigo como podería ter se construido uma sociedade
assim, com tanta poluição sonora e sem a menor necessidade, posto que as ruas
não tem tantos carros assim e grande parte deles são táxis que fazem o papel do
transporte público.
Se buzina
para passageiros, para cachorro, para amigos, para que o carro da frente saia
do meio da rua, como se quem está nele, tambem não tivesse o direito de estar
naquele lugar por ser carro menor ou uma bicicleta, ou mesmo um pedestre que
atravessa a avenida em determinado horario.
Será que
virou símbolo de poder, buzinar tanto, ou é uma necessidade de aparecer mais
que os outros que tambem precisam está em seu caminho, hora para ir ao trabalho
, hora para o lazer, ou simplesmente passeando com a família num sábado a
tarde.
E não são
só carros que buzinam, motos, policiais, microlets ou mesmo caminhão de entrega
de carga.
Em frente
ao banco, na praça, praias, escolas, ninguem está livre da buzinada no ouvido
seja dia ou seja noite, quando voce menos espera, fon, bi, trimmm, ohhhhhh,
pronto saia da frente que tem um motorista que certamente passará por cima de
voce sem dúvida nenhuma.
Nem
hospitais estão em segurança ou pedem silencio em placas, para que não se
buzinem em prol dos seus enfermos, pois penso que não faria diferença placas
pedindo isso, para pessoas que já estão habituadas a apertar a buzina antes de
apertar o freio.
É quase
unamime a buzina em Timor Leste, em determinados locais voce não pode nem
conversar porque certamente não vai ser ouvido, devido ao ensurdecedor buzinaço
que se faz e é constante.
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