quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Buzina


                                                                                  A buzina

 

                                                                                                                                                                   George Farias

Chegando em Díli, capital do Timor Leste o som que mais chama a atenção são buzinas de todos ruídos e durações possíveis. Não se sabe nunca para quem ou para que se buzina tanto nessa cidade, onde o transito é em maioria lento e sem grandes conflitos. Fiquei pensando comigo como podería ter se construido uma sociedade assim, com tanta poluição sonora e sem a menor necessidade, posto que as ruas não tem tantos carros assim e grande parte deles são táxis que fazem o papel do transporte público.

Se buzina para passageiros, para cachorro, para amigos, para que o carro da frente saia do meio da rua, como se quem está nele, tambem não tivesse o direito de estar naquele lugar por ser carro menor ou uma bicicleta, ou mesmo um pedestre que atravessa a avenida em determinado horario.

Será que virou símbolo de poder, buzinar tanto, ou é uma necessidade de aparecer mais que os outros que tambem precisam está em seu caminho, hora para ir ao trabalho , hora para o lazer, ou simplesmente passeando com a família num sábado a tarde.

E não são só carros que buzinam, motos, policiais, microlets ou mesmo caminhão de entrega de carga.

Em frente ao banco, na praça, praias, escolas, ninguem está livre da buzinada no ouvido seja dia ou seja noite, quando voce menos espera, fon, bi, trimmm, ohhhhhh, pronto saia da frente que tem um motorista que certamente passará por cima de voce sem dúvida nenhuma.

Nem hospitais estão em segurança ou pedem silencio em placas, para que não se buzinem em prol dos seus enfermos, pois penso que não faria diferença placas pedindo isso, para pessoas que já estão habituadas a apertar a buzina antes de apertar o freio.

É quase unamime a buzina em Timor Leste, em determinados locais voce não pode nem conversar porque certamente não vai ser ouvido, devido ao ensurdecedor buzinaço que se faz e é constante.

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