terça-feira, 19 de julho de 2011

sou o osso da boca do cão
caboco remando na estrada
não sou bucha de canhão
nem falo pela boca errada
meu canto é veneno de espinho
...meu vinho é amargo sabor
na mão tenho sempre o bom pinho
tocando canções de amor
me fale se o canto é mais forte
meu lobo faminto é quem fala
sou teu pelo azar da sorte
caboco sabe a hora que cala
me falta a luz dos teus olhos
me falta a onda pra mergulhar
me falta o suor da noite
quando penso em me deitar
quebrar o gelo dos vidros pela manha não tem preço
soltar fumaça pela boca quando fala
no frio é assim, tudo mais calmo, mais lento
embalo de dança sem ter sala e dançar sem arrependimento
neblina e nuvens se aproximam
...o sol se retira sem desculpas
os dias parecem silencio
a dança parece ternura

segunda-feira, 18 de julho de 2011

rio do rastro

é serra é rastro é rio
é tempo que não quer passar
é serra do rio do rastro
que passa a fazer meus passos
a cada hora de espera que pensar
...ao amanhecer a neblina cobre o rio
nenhum rastro de serra tú verás
quando o tempo que se esvazia manso
enquanto sinto o coração acelerar