domingo, 5 de junho de 2011

dança

no meio do terreiro dança a negra
seu corpo embala a noite de luar
é como se chovesse poesia
em pleno equilíbrio á beira mar
traduz o que somente ver e sente
a quem pertence o corpo quando esvai
somente quando brota quando nasce
aos passos que flutuam que destrai
é minha essa alegria ao ver a dança
é meu esse prazer te ver dançar
sentir que o corpo é fruto que se lança
terreiro negra e dança á beira mar
a lua brilha longe mas sensível
reflete todo amor que a ela diz
que dança que flutua que revela
nuances da beleza da matiz
adoro toda dança dessa negra
terreno que não piso que não giz
escreve em ondas de areia dessa praia
espalha a dança o corpo que feliz
se molda se conforta se remete
ao tempo dos broqéis que Cruz boceja
é negra essa mudança dança noite
terreiro poesia que graceja

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