terça-feira, 24 de maio de 2016
Quero ver o sol saindo sem queimar a minha pele
Ser o primeiro olhar no horizonte de onde vem a luz
Mostrar ao vento da manhã todo capim para o seu canto
Que acaricie o corpo de quem brilha no papel de quem seduz
Podendo ser o mar ou a maravilha que se cria em verve
Espalhar flores nos jardins das casas sem ninguém
Cantar canções de amor e de paisagens na voz que estremece
Quando é tarde ou quando é vida o que se tem
Esse tempo é o agora para ter mais o que espelha
Pensamento de quem sonha, sentimento que aparece
Pele, veia, sopro, espanto, carne, pão e poesia
Amor que nasce, vive em águas que sobe a montanha, não desce.
domingo, 4 de outubro de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
Meu passado trouxe-me a dor da lembrança
me trouxe também o sabor que alcança os medos
Não quero juntar as peças do armário no meu livro
e ter que esquece-lo sem folhas na estante
Meu passado é a arma que me fere e me vigia
Dá-me aos lobos nas noites escuras e me guia para a morte
Meu passado matou o homem que sem sorte chorou
Agora vivo de coração livre sem sombras
Vértice que equilibra o que ficou na mente e em ronda que
sem sangue esfria na lápide
me trouxe também o sabor que alcança os medos
Não quero juntar as peças do armário no meu livro
e ter que esquece-lo sem folhas na estante
Meu passado é a arma que me fere e me vigia
Dá-me aos lobos nas noites escuras e me guia para a morte
Meu passado matou o homem que sem sorte chorou
Agora vivo de coração livre sem sombras
Vértice que equilibra o que ficou na mente e em ronda que
sem sangue esfria na lápide
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Perdendo os dentes
Cada uma sabe da sua boca
coisa louca que abre e fecha sentimentos
Sabe ver quando a fome é loba
quando perde os dentes no falecimento
Cada um pode morder os lábios
sem sequer sangrar na língua que lhe morde
Sabe ver o véu da noiva quando corre
livrando-se da voz quando socorre
coisa louca que abre e fecha sentimentos
Sabe ver quando a fome é loba
quando perde os dentes no falecimento
Cada um pode morder os lábios
sem sequer sangrar na língua que lhe morde
Sabe ver o véu da noiva quando corre
livrando-se da voz quando socorre
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
tormenta
nao diga que é demora
na hora da dor todo homem chora
sem amor que o amor tormenta
na mão que não fenda
choro que alma devora
na hora da dor todo homem chora
sem amor que o amor tormenta
na mão que não fenda
choro que alma devora
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Vos digo
Em verdade vos digo
Sonhei
E fui ao encontro do sol que imaginei
Sigo ainda a estrela luminar
Que transcende
Que transpira
Que ensina-me cantar
Vos digo que cantei
Sem voz e sem medo
Do que os outros falariam
...
Sonhei
E fui ao encontro do sol que imaginei
Sigo ainda a estrela luminar
Que transcende
Que transpira
Que ensina-me cantar
Vos digo que cantei
Sem voz e sem medo
Do que os outros falariam
...
Sem receio do mergulho
Que na certa alcançaria o mais profundo de outro mar
Vos digo que não calo
Mesmo estando em cela morna
Meu desejo é o que suporta
Alma viva ou carne morta
Sou eu mesmo o navegar
Vos digo que pirei
Pelas cores do oceano
Pelas festas pelos panos em que me veste
Por lembrança em teu olhar
Só eu mesmo o meu abrigo
Vos digo
Que na certa alcançaria o mais profundo de outro mar
Vos digo que não calo
Mesmo estando em cela morna
Meu desejo é o que suporta
Alma viva ou carne morta
Sou eu mesmo o navegar
Vos digo que pirei
Pelas cores do oceano
Pelas festas pelos panos em que me veste
Por lembrança em teu olhar
Só eu mesmo o meu abrigo
Vos digo
sábado, 10 de novembro de 2012
Sou Guaraní Sou Kaiowá
Sou guaraní
sou kaiowá
Sou macuxí
tupinambá
Eu sou
semente eu sou do ar
Eu sou da
terra eu sou do mar
Sou peixe
espada voador
Sou da
linha do pescador
Quem me
conduz é meu cantor
Eu sou quem
canta o teu amor
Eu sou
maubere crocodilo
Sou peixe
boi eu sou do rio
Sou iansã
eu sou nago
Aquele
grito aquela dor
Eu sou o
vento eu sou a flor
Aquele
espinho furador
Eu sou ingá
eu sou rasteiro
Quem cruza
o mar eu sou ligeiro
Ianomami
ingaricó
Sou o
punhal eu sou cipó
Eu sou a
vela sou o mastro
Aquela cruz
aquele rastro
Eu sou
poema sou canção
Meu canto
vem do coração
Quem me
conhece ver-me irmão
Sabe que eu
sou emoção
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