quinta-feira, 23 de julho de 2020

Lado a lado

Deixa a vida acontecer por mais que sofras
Ergue a lona, solta os bichos
Canta aos ventos que é preciso
Desvendar o mundo inteiro
Acordar de manhã cedo e revelar

Veja a vela ao mar sentido norte
Busca a sorte, o amor existe
Tanto faz momento triste
Que passagem marca o peito
Não tem jeito amanhecer sem relembrar

A vida agora tem sentido
Lado a lado caminha comigo
O barco vai levar meu canto
Olê ola

terça-feira, 21 de julho de 2020

Me mostre tudo que desejas ter
Diga pra mim
Mostre aquilo que escondes longe do querer
Sobre o amor
Porquê durou
Amor sem fim
Derramar lágrimas ou me olhar
Falar pro além
Mostre a dor que sofreu quando dormia
Porquê acordou
Foi teu calor
Voltar convém

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Toda verdade

Ao passo que vou entrando na tua vida
Nesses anos que me vês com olhar manso
São tempos de dançar ao canto do vento
Cantar aos pés do momento
No solfejo que encanta o remanso

No tempo de ter voz cantando à musa
Você comigo no lençol que nos esquenta
Semente de amor que brota aos tantos
Mesmo sem sol, sem chuva ou sem mar
No vendaval que dobra o horizonte
Canto de sereia me contenta

Agradeço os dias, madrugadas e outros tempos
Ano à ano, dia à dia, noite à dentro
Vejo luz e outros brilhos em que me crês
Toda verdade que caminha ao nosso lado
Aprendo a ver, ensino o ser que me constrói
Nesse meu canto que entoa o sentimento

terça-feira, 7 de julho de 2020

Amor que te abraça




Sempre que canto meu mundo
Canto seu mundo também
Essa mistura de vozes
Canto que muito convém

Onda de mar que te banha
Vento soprando pro além
Doce vocal que ressoa
Verso que canta meu bem

Sempre que canto pra lua
Sempre cantando me vem
Aquela frase amorosa
Frase que canto que tem

Todo amor que permeia
Teia de amor que enlaça
Esse meu canto semeia
Todo esse amor que te abraça

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Sinto que minha voz se perdeu
Já não digo nada
Já não sei falar
Sinto-me calado à força
Já não sei  dizer
Já não sei rezar
Sinto que a canção não reverbera
Já não sei ouvir
Já não sei cantar

Marcas da Pandemia

Em tempos de pandemia
Não desespere, sorria
Serão dias de tortura
Dias de dor e de loucura
Mas não são tempos de guerra
Quem sabe viver na tempestade
Saberá viver isolamento
Dias iguais
Dias mais lentos
Tal qual as noites
Onde a cama é quase areia
Muda a sabor do vento
Sofre com o movimento
Das ondas que mudam o veio
Na veia o sangue dorme
No solo é mais que tiro
Facada profunda à fio
São tempos de comunhão
Ou pensamos positivo
Ou teremos comoção
Em tempos de pandemia
São tempos de oração

quarta-feira, 8 de maio de 2019