sexta-feira, 3 de julho de 2020

Sinto que minha voz se perdeu
Já não digo nada
Já não sei falar
Sinto-me calado à força
Já não sei  dizer
Já não sei rezar
Sinto que a canção não reverbera
Já não sei ouvir
Já não sei cantar

Marcas da Pandemia

Em tempos de pandemia
Não desespere, sorria
Serão dias de tortura
Dias de dor e de loucura
Mas não são tempos de guerra
Quem sabe viver na tempestade
Saberá viver isolamento
Dias iguais
Dias mais lentos
Tal qual as noites
Onde a cama é quase areia
Muda a sabor do vento
Sofre com o movimento
Das ondas que mudam o veio
Na veia o sangue dorme
No solo é mais que tiro
Facada profunda à fio
São tempos de comunhão
Ou pensamos positivo
Ou teremos comoção
Em tempos de pandemia
São tempos de oração

quarta-feira, 8 de maio de 2019

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Cada ciclo que se fecha
Encerra o tempo de espera
Alinha os desejos mais ardentes
Aponta pra frente o que se esmera

Cada ciclo que se finda
Fenda aberta que cura
Pura verdade é bem dita
Popularidade que atura

Cada passado tem vida
Vida que adoça o sabor
Dor que a vida degusta
Por cada gráo de amor

quinta-feira, 20 de julho de 2017


Começo pelo fim termino pelo meio medito e te digo me ensina que está feito me diga como ajeito meu passo minha palma começo desse jeito

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Luz da vida Toco o violão como quem reza Para que os anjos cantem comigo Que todos os cantos reverberem luz Para que toda voz seja nosso abrigo Faço canção de sal a sol De dores e dós De amores e fás Refaço melodias que percorrem Todos os compassos de ré aos sustenidos Até serem percebidos como música da alma Que se separe das mágoas e dos medos Em mim, em si, sem segredos No lá que passa por nós como relativa E canta em menor sua escala decisiva Cantando nos cantos do mundo Toco o violão como quem respira fundo Amando os meus e lhes dando luz da vida

sexta-feira, 10 de junho de 2016

sou feliz mesmo com as dores que o mundo carrega livre como peixe em mares quentes e sem anzol sou musica em cantos que em seu canto trafega luz de cores calmas nas almas noites de sol sou mesmo poema e som para os ouvidos menino que foi bala foi bateia foi trincheira nascido em porto afoito no mar de aguas em diluvio homem feito pelo amor que so o amor faz feira